Ube: O Inhame Roxo que Virou Febre e Vai Colorir a sua Cozinha!
O guia definitivo sobre Ube, o inhame roxo filipino que virou febre, com dicas, receitas e segredos.

Ube: O Inhame Roxo que Virou Febre e Vai Colorir a sua Cozinha!
E aí, minha gente festeira da cozinha! Tudo em ordem por aí? Hoje o nosso papo é sobre um ingrediente que tá dando o que falar, pintando as redes sociais com um roxo vibrante e deixando todo mundo com água na boca. Já ouviu falar em Ube? Não, não é batata-doce roxa, e também não é erro de digitação de 'uber'. Pega o banquinho, senta aqui na minha cozinha, que eu vou te contar tudo sobre esse tesouro filipino que chegou pra revolucionar nossas sobremesas!
Sabe quando a gente acha que já viu de tudo nessa vida gastronômica? Que já provamos todos os sabores e texturas? Aí vem a vida (ou melhor, as Filipinas) e joga um inhame roxo no nosso colo. E que inhame, meus amigos! Eu confesso que a primeira vez que vi um sorvete de Ube, com aquela cor que parece de outro planeta, pensei: 'Isso deve ser corante puro, coisa artificial'. Miga, eu não podia estar mais enganada. Aquele roxo elétrico é 100% natural, um presente da mãe natureza embrulhado numa casca marrom e meio ' sujinha'.
Mas afinal, que raios é esse tal de Ube?
Vamos direto ao ponto, sem rodeios: Ube (pronuncia-se 'ú-bê') é um tipo de inhame, um tubérculo, que cresce lá nas terras das Filipinas. Por fora, ele é super discreto, parece um inhame ou cará que a gente encontra na feira, com aquela casca marrom e meio rústica. Mas é por dentro que a mágica acontece. Quando você corta, ele revela uma polpa de um roxo tão intenso que parece que foi pintado à mão. É de cair o queixo!
Agora, a parte mais legal: o sabor. O Ube tem um gostinho adocicado e suave, que lembra um pouco baunilha, com um toque de nozes e até um fundinho de batata-doce. É um sabor complexo e delicado, que combina com uma infinidade de sobremesas. É por isso que ele é o rei dos doces filipinos, estrelando em pudins, bolos, tortas e, claro, no famoso sorvete de Ube.
Essa popularidade toda não é de hoje, viu? Nas Filipinas, o Ube é tipo o nosso doce de leite: tem gostinho de infância, de festa em família, de sobremesa de vó. O que aconteceu foi que, com a globalização e a nossa curiosidade sem fim por novos sabores, o Ube pegou um avião e aterrissou nas cozinhas do mundo todo, virando essa febre que a gente tá vendo.
Batata-doce roxa, Cará ou Ube? A treta dos tubérculos roxos!
Agora, atenção pra essa dica que é de ouro, pra você não pagar mico na feira ou na loja de produtos asiáticos. Existe uma confusão muito comum entre o Ube, a batata-doce roxa e o cará-moela (aquele roxinho que a gente acha aqui). Eles são parentes? Sim, todos são da família dos tubérculos. São a mesma coisa? Definitivamente, não!
- Batata-doce roxa: Ela tem a polpa roxa, mas geralmente é mais seca e menos doce que o Ube. O sabor é mais 'terroso', característico da batata-doce mesmo.
- Cará-moela (ou Cará roxo): Também tem a polpa roxa, mas a textura é mais 'liguenta' e o sabor não é tão adocicado quanto o do Ube.
- Ube: É mais úmido, tem um sabor naturalmente adocicado com notas de baunilha e nozes, e a cor é de um roxo bem mais vibrante e uniforme.
Achar Ube fresco no Brasil ainda é um desafio, quase uma caça ao tesouro. Mas calma, não se descabele! O pulo do gato é que a gente encontra o Ube em outras formas, muito mais fáceis de usar e que mantêm todo o sabor e a cor originais. Procure em lojas de produtos orientais por:
- Ube em pó: Perfeito pra colorir e saborizar massas de bolo, pães, panquecas. É super concentrado!
- Extrato de Ube: Algumas gotinhas e... mágica! Aquele roxo incrível e o sabor característico aparecem na sua receita.
- Ube Halaya (Geleia de Ube): Essa é a forma mais tradicional e, na minha opinião, a mais prática! É uma espécie de purê/doce de Ube já cozido com leite de coco e açúcar. É a base pra fazer sorvetes, recheios de bolo, pudins... É um coringa na cozinha!
Mão na Massa: Vamos Fazer Sorvete de Ube em Casa?
Já que falamos tanto dele, que tal a gente preparar o famoso sorvete de Ube? Juro pra você, é mais fácil do que parece e o resultado é de deixar qualquer sorveteria chique no chinelo. E o melhor: você vai poder dizer com orgulho 'fui eu que fiz' quando seus amigos pirarem na cor e no sabor.
Essa receita é uma versão simplificada, que não precisa de sorveteira. É pra fazer e ser feliz!
Ingredientes:
- 1 lata de leite condensado (bem gelada!)
- 2 xícaras de creme de leite fresco (ou nata, também bem gelado!)
- 1 xícara de Ube Halaya (a geleia de ube)
- 1 colher de chá de extrato de baunilha (pra dar aquele 'tchan')
- Opcional: umas gotinhas de extrato de ube para uma cor ainda mais vibrante (mas só se você quiser, a geleia já faz o trabalho)
Modo de Preparo:
- O segredo do creme: A primeira dica de ouro é: tudo tem que estar MUITO gelado. O leite condensado, o creme de leite, a tigela da batedeira e até os batedores. Deixa tudo no freezer por uns 15 minutinhos antes de começar. Isso vai ajudar a dar o ponto certo.
- Bate que bate: Na batedeira, coloque o creme de leite fresco gelado e bata em velocidade alta até formar picos firmes, tipo chantilly. Cuidado pra não bater demais e virar manteiga, hein! O ponto é quando você vira a tigela de cabeça pra baixo e o creme não cai (faça o teste com cuidado, pelo amor de Deus!). -
- A hora da mágica roxa: Com a batedeira em velocidade baixa, vá adicionando o leite condensado gelado em fio. Depois, adicione a Ube Halaya e o extrato de baunilha. Se for usar o extrato de ube, coloque agora também. Bata só até misturar tudo e a cor ficar uniforme. Não precisa bater muito, é só pra incorporar.
- Congela, meu filho!: Despeje essa mistura maravilhosa e roxinha num refratário com tampa ou numa forma de pão de forma coberta com plástico filme (o plástico tem que encostar no creme, pra não formar cristais de gelo).
- Paciência é uma virtude: Leve ao freezer por pelo menos 6 horas, ou até firmar bem. O ideal é deixar de um dia para o outro. Eu sei, a ansiedade grita, mas confia no processo!
E pronto! Você tem um sorvete cremoso, exótico e com uma cor de fazer inveja. Sirva em casquinhas, potinhos, ou acompanhando um brownie de chocolate (o contraste de cores e sabores fica um espetáculo!).
Erros comuns que você não vai cometer (porque eu já cometi por você)
- Achar que Ube é só cor: Não caia nessa. O sabor do Ube é o que o torna especial. Se a sua sobremesa ficou roxa mas não tem gosto de nada, algo deu errado. Use produtos de boa qualidade.
- Usar ingredientes em temperatura ambiente no sorvete: É a receita pro desastre. O sorvete não vai ficar cremoso, vai ficar cheio de gelo. O segredo é o choque térmico, tudo bem geladinho!
- Substituir Ube por batata-doce roxa e esperar o mesmo resultado: Não vai rolar. O sabor e a textura são diferentes. O resultado vai ser gostoso? Provavelmente. Vai ser sorvete de Ube? Não.
Dicas e Variações pra você se jogar no mundo roxo!
O sorvete é só a porta de entrada para o universo do Ube. Com a geleia (Ube Halaya) ou o pó, você pode fazer:
- Brigadeiro de Ube: Use a receita de brigadeiro branco e adicione umas colheres de Ube Halaya. Fica divino!
- Bolo de Ube com cobertura de coco: Use a sua receita de bolo branco preferida e adicione o pó ou a geleia na massa. A combinação com coco é clássica e não tem erro.
- Cheesecake de Ube: A base de biscoito, um creme de queijo com Ube e uma cobertura de chocolate branco. Preciso dizer mais alguma coisa?
- Panquecas de Ube: Que tal um café da manhã de rainha no final de semana? Adicione um pouco de pó de ube na massa da panqueca e sirva com mel e frutas. O visual é incrível!
O Ube é isso: um convite à criatividade. É um ingrediente que nos tira da zona de conforto e nos mostra que ainda há muitos sabores a serem descobertos. É a prova de que a natureza é a maior artista que existe, pintando nossos pratos com cores e sabores que a gente nem imaginava.
E agora eu quero saber de você! Já conhecia o Ube? Já provou alguma delícia roxinha feita com ele? Tem alguma receita secreta aí na manga? Conta tudo aqui nos comentários! Vamos trocar figurinhas e deixar nossa cozinha cada vez mais colorida e saborosa.
Qual é a sua reação?






